O governo de Beto Richa (PSDB) é suspeito de atuar para favorecer a empreiteira Odebrecht. Áudios obtidos com exclusividade pela revista ISTOÉ erevelam, entre outros conteúdos, uma conversa entre o então chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, e Pedro Rache, diretor-executivo da Contern
Para que o Grupo Bertin desistisse da licitação, Roldo ofereceu ajuda em outro negócio: a viabilização de uma parceria para projetos no Complexo de Aratu, no litoral da Bahia, onde o grupo tem seis usinas termoelétricas. Ele intermediaria a negociação com a Copel para fechar uma parceria com valor próximo de R$ 500 milhões.
Após as negociações, o Grupo Bertin desistiu da obra. A Odebrecht concorreu sozinha e venceu a licitação em 2014. Em troca do contrato, com duração de 30 anos, a Odebrecht acertou o repasse R$ 4 milhões, via caixa 2, para a campanha de reeleição de Beto Richa em 2014.
A obra não saiu do papel. Mas, segundo delação de Benedcito Barbosa, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, os R$ 2,5 milhões seriam lançados futuramente como despesa no projeto de duplicação da PR-323.
Ouvidos por ISTOÉ, Deonilson Roldo e Beto Richa negaram irregularidades e rechaçaram qualquer acordo ou direcionamento para a Odebrecht. Roldo afirmou que o áudio foi editado. Pedro Rache não foi localizado por ISTOÉ. A Contern informou, em nota, que “em nenhum momento recebeu sinais de que o referido processo licitatório estaria direcionado para uma ou outra determinada construtora”.
Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) remeteu à primeira instância, ao juiz federal Sérgio Moro, investigação na qual Beto Richa é suspeito de receber R$ 2,5 milhões da Odebrecht, dos R$ 4 milhões acertados, para sua campanha à reeleição em 2014, por meio de caixa 2. O caso foi para no Paraná após Richa perder o foro privilegiado ao renunciar ao cargo de governador.
Fonte/paranaportal.uol.com.br

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